segunda-feira, 18 de abril de 2011

LANÇANDO PÉROLAS AOS PORCOS




Não lançar pérolas aos porcos é não oferecer os tesouros do ser a quem come apenas lama e babugem, e pisará em nossos tesouros do coração por não ver valor algum em pérolas da alma, assim como é também não oferecer nossos bens do coração aos que apenas pisarão sobre tal riqueza interior.

As pérolas são as verdades de Deus em nós, as mais íntimas e preciosas, que só devem ser compartilhadas com quem lhes dá valor.

O insensato é que abre seu coração e expõe todo o seu interior àqueles que têm no coração a fome e o apetite dos porcos - por lama - e têm ojeriza aos bens do ser.

Veja com quem você abre seu coração!

Veja com quem você divide sua intimidade humana e espiritual!

Veja a quem você serve as preciosidades de seu ser!

Não basta que a pessoa seja “cristã” ou de “igreja”. Isso não significa nada. Amigos de alma e de tesouros são raros, e só se os conhece com o tempo, em meio à fidelidade na dor e nas dificuldades da existência.

Toda hora vejo alguém servindo suas preciosidades de alma a quem não tem uma alma. O resultado é previsto por Jesus: eles pisam nas pérolas e depois devoram aqueles que as serviram.

Seu tesouro está em seu coração. Seja cuidadoso na entrega de sua intimidade. Procure antes comer muito sal com a pessoa. Não se exponha a quem não dá valor à alma.

Muita dor acontece em razão do romantismo de se pensar que basta a nossa sinceridade. Não! Não basta. Do outro lado tem de haver gente. E gente boa de Deus. Do contrário, o que se faz é apenas entregar nossa intimidade a quem se utilizará dela para nos destruir.

Infelizmente o mundo (e nele se inclua a religião) está cheio de suínos existenciais, os quais se alimentam de homens e abominam os tesouros da alma.

Jesus mesmo disse que tinha ainda muita coisa a dizer, mas que os discípulos ainda não estavam preparados para ouvir. Ora, eles não eram suínos existenciais, porém ainda estavam longe de poder entender e apreciar a beleza de muitas coisas.

Para Jesus o não lançar nossas pérolas aos porcos era equivalente a não abrir os tesouros do reino com aqueles que só buscavam pretexto para a matança.

Ora, esse mandamento de Jesus é o que nos protege daqueles que se oferecem como amigos, namorados, companheiros e irmãos, mas que não têm espírito de amor e de cuidado com a alma do próximo.

Ao contrário, para tais pessoas esses segredos das verdades mais íntimas do coração são apenas alças para que nelas se agarrem a fim de nos comerem vivos.

Portanto, veja a quem você está dando os seus tesouros de intimidade, verdade e preciosidades de Deus em sua vida.

Não namore ou se case com o suíno com esperança de ser bem tratado(a). Não fique amigo de suínos existenciais, pois além de não enxergarem você, eles ainda vão pisar em sua vida e devorá-la.

Você jogaria suas pérolas aos porcos, na lama?

Ora, se você não faria isso com jóias materiais, por que você faz isso com os tesouros imateriais?

Pense nisso e organize seus vínculos e amizades!


NEle, em Quem o amor é realista,



Caio

25/10/07
Manaus
Am

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jesus nos chama ao ajuntamento que junta e une, e não ao que separa e divide!

NÃO ENTRO MAIS EM IGREJA!

Condicionamento relacionado à culpa é coisa muito séria e persistente.

Lembro do tempo em que deixei de ser "pastor local", passando a dedicar-me exclusivamente ao "ministério itinerante", quando, como nunca antes, senti a culpa de não ir "à igreja" no domingo cedo, na Escola Dominical.

Ora, não se tratava de um desconforto para o qual eu não tivesse uma resposta consciente e bíblica, porém, a alma condicionada, não reconhece nem mesmo as verdades da Palavra.

Assim, eu pregava a semana toda, no mínimo duas vezes por dia, mas, aos domingos de manha, eu queria descansar, já que à noite eu pregaria mesmo, de qualquer maneira.

Aí, porém, morava o problema; posto que ficasse sempre aquele sentimento de culpa, como se minha ausência do lugar fosse emocionalmente semelhante a ter se distanciado de Deus.

Prova disso está no simples fato de as pessoas se referirem à freqüência às reuniões como "ir à igreja".

Há mesmo os que dizem que "não entram numa igreja" há muitos anos; embora eles mesmos não se sintam mais longe de Deus.

"Teologicamente", todos os que estão em Deus estão na Igreja, embora, muitas vezes, não estejam em "igreja" alguma.

Entretanto, a designação da experiência com a igreja como sendo algo que caiba no movimento de ir ou não ir, já demonstra o dado psicológico de que a igreja é, para muita gente, um lugar; e, portanto, quando se associa tal realidade a Deus, não ir à igreja é, no inicio, como não ir a Deus, ou como estar fora de Deus.

Há o mandamento bíblico [Hebreus 13] no sentido de que não se deixe de congregar, como é costume de alguns.

Ora, isto é dito em Hebreus no mesmo contexto em que se denuncia a presença ritualística aos cultos, escravizando-se a alma aos padrões antigos, infantis e pagãos.

Portanto, não se diz que não ir seja um problema, mas sim se diz que o deixar de viver a vontade de encontro com os irmãos, é algo que pode dês-aquecer a alma e tirar a alegria e a exultação horizontal da pratica da fé.

Quando eu sou igreja [e assim entenda!], mesmo quando não vou aos encontros, sou; e isto jamais muda em mim.

Porém, quando a minha alma se desconecta do compromisso histórico da fé [que é sempre horizontal, e, portanto, com os irmãos], a primeira coisa que acontece é que se faz da não ida algo mais sério do que de fato seja; e, em tal caso, torna-se algo sério, não por não se ir ao ajuntamento, mas sim em razão de que não se vai por se julgar existir uma briga entre nós e Deus.

E mais:

Muitas vezes não se acha uma comunhão espiritual que justifique a saída de casa.

Ora, em tal caso não se deve ir mesmo a lugar algum aonde se vá apenas para que se cumpra um rito mágico ou um dever devocional, pois, não tem sentido ou mesmo valor algum.

Durante uns dois anos, entre 1984 e 1986, senti muito culpa quando os filhos iam aos domingos de manhã à Escola Dominical e eu ficava em casa cuidando do jardim e descansando.

Parecia que eu estava negando a fé; e, por mais eu me dissesse que não era assim, no entanto, dado aos anos de pratica pastoral, indo aos cultos pregar e ensinar todos os domingos, o sentimento se manifestava mesmo contra os meus argumentos.

Ora, é neste ponto que se percebe o quanto se está religioso.

E mais:

Sempre que tal culpa bate no coração não havendo razão para tal, é prova de nossa religiosidade.

Não devemos deixar de nos congregar; ao mesmo tempo em que congregar-se jamais deve ser algo movido pela culpa ou pela irrazoabilidade das neuroses religiosas.

Assim, se você não encontra mais onde se sinta bem para cultuar comunitariamente, ao invés de "se afastar de Deus" pela culpa da não freqüência, ame ainda muito mais a Deus e aos homens; e, desse modo, busque, sem neurose, uma boa oportunidade de encontrar os irmãos-amigos; ou, então, de iniciar uma comunhão simples com irmãos e irmãs amados e singelos no crer.

Precisando de ajuda neste aspecto, escreva para

adailton@caiofabio.net ou para contato@docaminho.com e procure informações sobre o "Caminho da Graça".

Não se faça culpado de uma culpa que não existe!

Nele, que nos chama ao ajuntamento que junta e une, e não ao que separa e divide,


Caio